8 dicas para fazer um bom pôster
Em 2014, ficou pronto meu quarto (e último!) pôster de Iniciação Científica e gostaria de compartilhar meus aprendizados nesse processo com vocês. Geralmente, temos inúmeras dúvidas em como começar e em como fazer um trabalho visualmente decente, mesmo sem ter as habilidades de design. Pode ser um processo difícil, porém é algo extremamente importante para esclarecer ideias e desenvolver outras habilidades, porque não?! Faz parte do conjunto de ser um pesquisador na graduação, principalmente quando inserido no Programa de Iniciação Científica.
Separei oito dicas essenciais para quem está começando a pensar em um pôster:
1- Simplifique: Selecione as informações prioritárias da sua pesquisa ou artigo. Sim, é um universo enorme de informação, como vou colocar em um espaço tão pequeno?! Esse é o dilema. Selecione o que é elementar para a compreensão do assunto e quais informações NÃO poderiam deixar de constar, assim, você terá seu núcleo essencial. Particularmente, gosto até de fazer o pôster antes do relatório final para ter essa claridade de ideias. Simplifique também no design: os melhores pôsteres que já vi não precisavam de muitos artifícios, eram bonitos pela ideia estar bem exposta.
2- Ilustre seu pensamento: Uma imagem vale mais do que mil palavras. O leitor vai compreender muito melhor vendo uma figura do que tentando juntar frases. Isso vale com uma imagem sobre a sua pesquisa – ah, mas a minha pesquisa é puramente teórica, não sei o que fazer… então, é a chance para você tentar relacionar sua ideia de outras maneiras visuais, quais sejam: mapas (vocês viram que gosto dessa!), gráficos (quando se tem muitas informações interessantes para se expor), esquemas (quando você precisa fazer coesão de ideias e não sabe como), linhas do tempo (para situar a pessoa no contexto que você está explicando). Pronto, um monte de ideias para você implementar agora!!! Sem contar que existem pessoas que gostam de formatar também o plano de fundo e utilizar, por exemplo, uma foto ou imagem significativa em marca d’água.
Mas lembre da dica número 1. Não exagere.
3- Não à prolixidade: Texto em excesso é texto desnecessário. Para não ser prolixa nessa dica, isso basta!
4- Use letras grandes: Não adianta seu poster estar lindo e ninguém conseguir ler. Lembre-se: a pessoa que vai avaliar o seu pôster ou quem vai se interessar em saber mais sobre o seu assunto vai “passar o olho” no que você fez, ou seja, não vão conseguir letras pequenas ou minúsculas por mais importante que aquela informação possa parecer para você. Isso foi algo que fui sentindo aos poucos, como vocês puderam perceber, do primeiro ao quarto pôster.
Assim, escolha um bom tipo de fonte – arial, verdana, etc (aquelas que ocupam maior espaço); o cabeçalho precisa ter o tamanho > 80, diminuindo um pouco para os autores do pôster e a instituição. O restante dos textos não pode ficar com a letra menor do que 30, recomendo que seja até maior do que isso, mas o conselho é ≅ 30 para o desenvolvimento do conteúdo.
5- Planeje com antecedência e capriche: Hoje em dia, nunca temos tempo – essa é a regra. Então, não deixe para a última hora, porque aí um trabalho que precisa de certa atenção jamais ficará bem feito. Sobretudo, um pôster passa pela versão inicial, depois pelos ajustes, depois pelo aprimoramento, depois pelos últimos detalhes… Ou seja: um tempinho considerável antes de mandar imprimir e não dá para fazer tudo isso na semana da apresentação, até as copiadores tem prazos e estipulam “regras especiais” quando já sabem que é uma “semana do desespero de pôsteres”.
6- Não existe modelo certo: Existe o pôster bem feito que transpasse a ideias principais da sua pesquisa ou artigo; é claro que algumas instituições já fornecem um molde (você deve obedecer!), em especial com a logotipo (principalmente se você recebeu $ de alguma instituição para desenvolver a pesquisa ou foi bolsista) ou elementos que é necessário constar (ex. bibliografia); no entanto, você tem uma grande margem de criatividade e autonomia para criar o que quiser e até surpreender.
7- Cuidado com o tamanho, o espaçamento e as margens: Você não pode usar todo o espaço útil da sua apresentação, ao contrário – deve deixar espaços em branco para a pessoa poder visualizar melhor a ideia que você quer expor; Em especial, você precisa notar que esse arquivo vai para uma gráfica que vai imprimi-lo e cortá-lo sem dó se você não tiver feito as estipulações corretas. Ou seja, o passo a passo é o seguinte:
a- Iniciar o programa: power point (pode ser corel draw, claro, mas um pouquinho mais difícil), escolher apresentação em branco definir o tamanho do poster em arquivo > configurar página > personalizado: 90 x 120 cm (via de regra);
b- Fazer faixas espaçadas para título, autores, instituição: utilizar ícone do retângulo e “puxar com o mouse”;
c- Usar caixas de texto sem misturar textos;
d- Opções de “layout” do poster: colunas? linhas? utilizar recursos de desenho > usar ícones na barra de ferramentas inferior > cores de linhas, cores de preenchimento, cores das fontes, etc.
e- Caixas de texto no padrão justificado: Formatar > Alinhamento > Justificado.
8- Organize e aprimore: Organize bem o núcleo essencial do seu trabalho no seu pôster – sempre há espaço para melhorar e aprimorar. Faça testes pré-impressão, ajuste ao tamanho do papel, veja o mini poster tamanho A4 e confira a maioria dos textos e figuras. À medida que você vai conhecendo melhor o tamanho e o resultado final de um pôster vai ficando mais fácil, mas a princípio, não dê chance ao azar.
Vejam como fui melhorando ao longo do tempo:
São essas as minhas dicas principais! Você tem outras dúvidas que eu não abordei por aqui? Comenta abaixo então!