Quais são as orientações vocacionais para alunos no Ensino Médio?
O estudante no Ensino Médio deve se dedicar (i) ao aprendizado de línguas estrangeiras, já que o aluno é jovem e tem tempo disponível; (ii) a obter ótimas notas em todas as matérias do colégio; (iii) às atividades extracurriculares, para enriquecer o currículo; (iv) aos hobbies, fazer o que se gosta para explorar quais são os seus talentos e aspirações, não necessariamente acadêmicos ou visando um retorno profissional. Não há razão para o Ensino Médio ser voltado a um desespero do vestibular/conseguir uma boa nota no ENEM.
No Formação Global, temos uma psicóloga que auxilia os estudantes a passarem por esse processo de autoconhecimento. O papel da psicóloga é trabalhar uma “visão” com o aluno, em diversos cenários (seja no Brasil, seja no exterior, e se no exterior, como as coisas seriam em determinados países). Para isso, o estudante terá que buscar exemplos, conversar com pessoas, etc, e os consultores do Formação Global ajudam nessa parte “estratégica”. O estudante também precisa se desvincular da pressão/expectativas dos pais e buscar o que ele realmente quer. Um intercâmbio ou um curso de verão pode ajudar nesse sentido também.
No Ensino Médio, muito da nossa identidade ainda está sendo construída e certas decisões podem ter várias implicações pelos anos por vir. Em certos países (i.e. Suíça, Alemanha), pessoas com 14 anos já fazem decisões profissionais.
Me parece que para uma pessoa de 14 anos o mais concreto é identificar o que “não se quer”. É necessário, contudo, que não se faça “nãos” inflexíveis; ex. eu achava que eu não queria o curso de Direito, mas eu dizia isso porque eu não fazia ideia que existia a vertente na qual eu atuo hoje - então tudo é uma questão de ir conhecendo melhor as áreas e estar disposto a deixar as portas abertas.
Mais do que profissão ou carreira, é indispensável identificar competências-chave. No que o estudante é bom ou gosta de fazer? A minha escolha para o curso de Direito foi baseada, a princípio, somente no fato de que eu sabia eu era boa em ler/escrever, e isso é importante na área jurídica. Esse dito “talento” tinha um peso bem maior do que uma leve inclinação para a área de exatas. Mas bons profissionais, na verdade, são aqueles que conseguem juntar competências multidisciplinares (ex. advogados com boa capacidade analítica para números). Qualquer um que quer se destacar tem de encontrar um diferencial assim, um unique edge.
É um grande desafio se preparar hoje (em termos de opções limitadas ao que existe no presente) para ser um profissional no futuro. Mas se você tem uma boa base, você se adapta ao que for.
O que desperta a sua curiosidade? Em que você quer se fazer útil? É essencial descobrir isso.
O desafio da equipe do Formação Global é ajudar estudantes - não apenas em nível de Ensino Médio - a realizarem uma série de reflexões que possam explorar esse processo de autoconhecimento.